Este mês, o livro “Barragens em Arenitos Brandos no Brasil”, de autoria de Carlos Manoel Nieble, Guido Guidicini e Luiz Guilherme de Mello, está em fase de pré-venda no portal da ABGE. Para adquirir o seu exemplar com valor promocional, clique aqui. Sócios quites da ABGE receberão um exemplar gratuitamente.

A construção de barragens em arenitos brandos, para os fins mais variados, sempre foi encarada como um desafio, pelas dificuldades impostas por esta litologia ao propósito de atender aos requisitos básicos de capacidade de suporte, resistência, estanqueidade e garantia de não ocorrência de piping.

No histórico de construção de barragens, enquanto foi possível, a preferência na seleção de sítios para barramento de rios sempre foi voltada para litologias “duras”, como rochas graníticas, basálticas, gnáissicas, procurando-se evitar os ambientes de origem sedimentar, especialmente aqueles de matriz arenosa.

Houve exceções à regra, impostas pela necessidade de prover energia ou abastecimento de água a grandes centros urbanos. O caso mais sintomático e que consta no livro é o da usina hidrelétrica de Curuá-Uma, construída sobre sedimentos brandos em plena floresta amazônica, na década de 1960, para atender ao abastecimento energético da cidade de Santarém, no Pará. Enfrentaram-se então, pela primeira vez, os desafios de erguer grandes estruturas de concreto sobre fundações de baixas características geotécnicas.

Já, a partir do começo da década de 1990, a escassez de sítios para barragens em algumas regiões do País impôs ao meio técnico nacional o desafio de enfrentar as peculiaridades que caracterizam os ambientes de rochas sedimentares brandas, dentre elas os arenitos. Decorridos cerca de 30 anos desde então, é possível hoje afirmar que existe um considerável acervo técnico que resulta do aprendizado tido por meio de inúmeras experiências, nem sempre bem-sucedidas.

Proposta da obra

A ideia de produzir o livro surgiu espontaneamente, à medida que os autores participavam de projetos e etapas construtivas de barragens sobre rochas sedimentares brandas, em que cada sítio exibia suas peculiaridades, exigindo a adoção de soluções frequentemente inéditas, de modo a dotar a obra das condições de segurança consideradas necessárias.

“O livro se propõe à abordagem dos temas que mais frequentemente surgem para discussão, relatando sucintamente as nossas experiências em campos tais quais as técnicas de escavação e desmonte, a definição de características e parâmetros geomecânicos, os cuidados nos procedimentos de construção, as limitações no emprego de técnicas para redução da permeabilidade da fundação e os esquemas de rebaixamento do lençol freático”, citam os autores.

Carlos Manoel Nieble, Guido Guidicini e Luiz Guilherme de Mello participaram em um número significativo dos casos relatados no livro, o que propiciou o registro de suas experiências pessoais. Em casos de experiência limitada ou carente, os autores recorreram a trabalhos técnicos publicados em revistas ou em anais de congressos nacionais e internacionais, relativos a casos ocorridos no Brasil.

A obra é uma publicação da ABGE em parceria com a ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica) e com o CBMR (Comitê Brasileiro de Mecânica das Rochas).

Para outras informações sobre a obra, clique aqui e assista a um vídeo com as apresentações dos autores sobre alguns capítulos do livro em um bate-papo no canal da ABGE no YouTube.