Na edição de número 04 da Newsletter ABGE, falamos sobre representações por Estados dentro da associação. A série ABGE pelo Brasil trará a cada mês uma entrevista com representantes de todos os núcleos regionais para apresentar o trabalho realizado em cada núcleo, seus diferenciais e projetos.

Nesta entrevista inaugural da série, o presidente do NRMG (Núcleo Regional de Minas Gerais), Romildo Dias Moreira Filho fala sobre a história e desafios enfrentados pelo NRMG.

Romildo Dias Moreira Filho é geólogo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), mestre em Engenharia de Barragens pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e atualmente trabalha na CEMIG (Cia Energética de Minas Gerais). Confira:

Como foi fundado o Núcleo Minas Gerais da ABGE?

A geologia de engenharia em Minas Gerais teve como grandes precursores os saudosos geólogos Sérgio Nertan Alves de Brito (in memoriam) e Edézio Teixeira de Carvalho, que muito contribuíram para a divulgação da ciência da geologia de engenharia em nossos meios técnicos e acadêmicos, tendo Minas Gerais grande representatividade no contexto nacional das grandes obras civis e de mineração implantadas no complexo arcabouço geológico-estrutural de nosso estado.

Como funcionam as atividades/ações realizadas pelo Núcleo Minas Gerais?

O NRMG da ABGE realiza reuniões periódicas de seus integrantes, composto por presidente (Romildo Dias Moreira Filho), vice-presidente (Frederico Nascimento Mendes Bezerra) e diretora-secretária (Ellen Delgado Fernandes), além do Conselho Deliberativo formado por Alberto Ferreira do Amaral, Ângelo Almeida Zenóbio, Fábio Soares Magalhães, Inácio Diniz Carvalho, Luís de Almeida P. Bacellar, Maria Giovana Parizzi, Thiago Baptista Teixeira e Yan Lucas de Oliveira Pereira dos Santos. 

Atualmente estamos diretamente envolvidos na organização dos workshops dos Núcleos Regionais. Este ano já realizamos o workshop “Riscos Geológicos” em março, e “Geologia de Engenharia Aplicada à Mineração” em julho deste ano, além da publicação dos artigos da revista RBGEA (Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental). Também iremos participar como apoiadores do próximo GEOMIN (Congresso Brasileiro de Geotecnia de Mineração) em conjunto com a ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), que ocorrerá em outubro.

Quais os principais diferenciais do núcleo?

Como o próprio nome de nosso estado, Minas Gerais, historicamente os estudos da geologia e da geologia de engenharia estão diretamente associadas às riquezas e à extração mineral. Com isso, temos a participação ativa em Minas Gerais de um elevado número de profissionais que trabalham com geotecnia e geologia de engenharia sobretudo aplicada à mineração, em particular na cidade de Belo Horizonte. 

O grande desafio é atrair estes profissionais para participarem das atividades técnicas da ABGE, o que com as apresentações virtuais, intensificadas no período de pandemia da Covid-19, tem facilitado a inclusão e a colaboração de valorados colegas da geociências e da engenharia.

Quais são os maiores desafios em realizar este trabalho e também as maiores conquistas?

O grande evento da ABGE, que é o Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia, teve como local escolhido a cidade de Belo Horizonte (MG), para sediar o evento que seria em 2020. Com a pandemia da Covid-19, adiamos o evento para setembro de 2022 e, com a ajuda e participação efetiva da ABGE Nacional, estamos usando toda a criatividade possível, para manter o evento presencial em 2022. Uma das formas encontradas foi a realização de Simpósios Técnicos inicialmente virtuais (pré-congresso online), como uma forma de manter o meio técnico mobilizado para nosso 17º CBGE. Realizaremos de 27 a 30 de setembro de 2021 o 5º SOI (Simpósio de Obras de Infraestrutura e Investigações), que será totalmente virtual, tendo como tema “Riscos Geológicos em Geologia de Engenharia”. Estamos otimistas que será um sucesso e já temos confirmadas as presenças de profissionais altamente capacitados para fazerem as principais apresentações.

“Temos a participação ativa em Minas Gerais de um elevado número de profissionais que trabalham com geotecnia e geologia de engenharia sobretudo aplicada à mineração, em particular na cidade de Belo Horizonte”

Crédito foto 02: Arquivo pessoal